BOLANDO UM FUTURO SEM GUERRA – Um filme de Eduardo Carli de Moraes @educarlidemoraes. Uma produção A Casa de Vidro @acasadevidro_pontodecultura.
A primeira projeção pública seguida por debate vai rolar no Domingo, 15/12, no Ponto de Cultura (1a Av. 974). Evento produzido pelos camaradas do @coletivomentesativa. Horário: 16h20 às 22h. Ainda vai ter shows com @bananabipolar.br@dasilvarapper MC Leon, @batuquesativa. Arte do poster: @gabrielacallegari. Saiba mais: https://acasadevidro.com/bolando-um-futuro-sem-guerra/
O filme contem falas públicas e entrevistas com as seguintes figuras: @lunavargas, @fabriciorosa, @maurorubempt, @marcellosoldan, @kellycris_pt, @piradopirata, @artur.rodrigues.ningu3m, João Pedro, Luana @nna.lua_ , André Baleeiro @jardim.agroeco, Katiuscia Costa @tep_capric. Também contêm performances artísticas ao vivo de @fritosdaterra, Batuque Sativa, @maliklionrastaman, Bern dentre outros. Entrevistas realizadas por @educarlidemoraes e @recostajornal. Câmeras / filmagem por @educarlidemoraes e @gabrielacallegari. Trilha sonora adicional: Rappa, Bezerra da Silva, Sublime, Gabriel O Pensador, Hempress Sativa, dentre outros.
APRECIE:
☝🏼👀🔥 “Ilha de montagem” – quem inventou este apelido tá de parabéns. O métier do montador exige mesmo, com frequência, um tempo de sacrifício do convívio social: são horas, dias, semanas, meses, em que a gente é sugado para um relacionamento estrito e estressante com o Adobe Première ou com o CapCut. “Nenhum homem é uma ilha”, disse o poeta John Donne – mas este verso só existe pois ele não conheceu o ofício do editor de filmes.
Neste canteiro de obras digital “morei” nos últimos tempos, em plena angústia da desintegração diante do fim iminente d’A Casa de Vidro como a conhecemos, agarrando-me a estas imagens um pouco como o náufrago diante de bóias, tentando sobreviver em meio a escombros. O documentarismo é uma obsessão existencial pois é através dele que resisto ao fluxo impiedoso do tempo que parece arrastar tudo para a morte e o esquecimento. Agarro-me a imagens nesta correnteza trágica e me consolo um pouco com o fato de que tudo passa, é verdade, mas algo do passageiro fica retido em imagens e sons que podem ressoar para além do ocaso dos momentos que foram filmados.
Dito isto, o convite: no próximo dia 15/12, o filme “Bolando Um Futuro Sem Guerra” virá à público em evento do Mente Sativa aqui n’A Casa de Vidro numa das últimas ocasiões em que poderemos estar juntos aqui neste lugar na 1a Avenida. E estou nesta correria solitária para terminar o primeiro corte do filme, que não irá pro YouTube de imediato: pretendo colher o feedback, as impressões, as críticas das pessoas presentes no Domingão para poder gerar um segundo corte que traga a marca desta interação prevista para o próximo domingo.
Mais que um filme exclusivamente sobre o dia da Marcha da Maconha – o que já fizemos em 3 anos anteriores através dos filmes “Brisas Libertárias”, “Nevoeiro Salutar” e “Primavera Antifascista” -, este documentário aprofunda-se em processos organizativos do movimento social antiproibicionista e revela em minúcias a expressividade artístico-cultural através dos Fritos da Terra, do Batuk Sativa, de Malik Lion, de Artur, de Bern, de Glicin etc. O cinema tem uma potência polifônica poderosa que tentamos aqui capturar, nos 70 minutos do filme, nas vozes altissonantes de Kelly, de Luna, de Fabrício, de Marcelo, de André, de Katiuscia, de Luana, de João Pedro, de Léo, de Milca, de Mauro, de tantas outras pessoas que gritam e cantam nas ruas e que ressoam no filme.
Cheguem mais neste Domingão – vai ter Banana Bipolar, Da Silva, Leon MC, além de laricas veganas! – para viver intensamente conosco todos os momentos do fim.
Pelo fim da guerra contra as pessoas pobres e periféricas, esta nova produção d’A Casa de Vidro registra todo um fluxo de acontecimentos e de eventos em que mobilizamos Goiânia em 2024 em prol de uma outra sociedade possível. Venham se contagiar com este filme que pretende ajudar a bolar um futuro sem guerra, já que a catastrófica “guerra às drogas fracassou em todos os seus objetivos declarados – sendo, por outro lado, muito bem-sucedida nos objetivos não declarados e nefastos de controle social e manutenção e aprofundamento de desigualdades e preconceitos.” (Livro do Desentorpecendo A Razão, “Dichavando o Poder”, p. 63)
STILLS
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Publicado em: 14/12/24
De autoria: Eduardo Carli de Moraes
A Casa de Vidro Ponto de Cultura e Centro de Mídia